Destaques da programação 01 a 07 de janeiro/Canal Brasil

Destaques da programação 01 a 07 de janeiro/Canal Brasil

Confira os destaques da programação do Canal Brasil de 01 a 07 de janeiro.

SEGUNDA-FEIRA, 01 DE JANEIRO

“É TUDO VERDADE”: MANTER A LINHA DA CORDILHEIRA SEM O DESMAIO DA PLANÍCIE (2017) (84’)
- Apresentação: Amir Labaki
- Horário: Segunda, dia 01, às 22h.
- Classificação: 12 anos
Direção: Walter Carvalho

Sinopse: O poeta Armando Freitas Filho prepara seus livros a partir de manuscritos em cadernos e folhas de papel rabiscadas com desenhos e palavras. O documentarista e fotógrafo Walter Carvalho acompanhou durante sete anos o cotidiano do escritor, e conheceu profundamente sua obra e intimidade. Os dizeres “manter a linha da cordilheira sem o desmaio da planície” foram transcritos para uma dessas páginas aleatórias como o início de um verso, mas a poesia nunca foi terminada. É justamente na descoberta das preciosidades da obra do literato que o cineasta encontrou a inspiração para assinar seu documentário, parte da seleção oficial do festival É Tudo Verdade.

A coprodução do Canal Brasil com a Kinofilme Produções Artísticas acompanha com grande atenção as minúcias do trabalho do protagonista, revelando preciosos tesouros da sua vida e trajetória. O diretor faz um registro capaz de não apenas retratar a biografia do literato em quase uma década de convivência, mas também apto a aproximar o espectador do universo do retratado em busca da compreensão daquilo que o move a escrever.

A conversa sobre poesia ocupa a maior parte da narrativa e cada tomada revela a admiração do cineasta pelo trabalho do escritor. São muitas as cenas que acompanham, com enquadramentos quase teatrais, o literato a digitar em uma antiga máquina de escrever ou a recitar versos acompanhado por uma bateria. O bate-papo com Ferreira Gullar também rende momentos singulares do encontro de dois grandes gênios das palavras, e Armando faz questão de prestar sua reverência a Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto, definidos pelo próprio protagonista como o “Fla-Flu” – em alusão ao clássico do futebol carioca – da poesia brasileira.

TERÇA-FEIRA, 02 DE JANEIRO
VIDAS PARTIDAS (2016) (103’)
- Horário: Terça, dia 02, às 22h
- Classificação: 16 anos
- Direção: Marcos Schechtman

Sinopse: A Recife da década de 1980 é o cenário para as agruras da vida de Graça (Naura Schneider). Ela é mãe de duas filhas, trilha uma carreira promissora no campo da Farmácia e está em um casamento supostamente feliz com Raul (Domingos Montagner. Frustrado por sua fracassada trajetória profissional, apesar de possuir títulos relevantes e uma formação acadêmica sólida, o marido começa a demonstrar um comportamento violento. O estopim é uma celebração em homenagem à esposa. Em um rompante motivado por ciúmes do deputado Roberto Neves (Nelson Freitas), ele começa uma confusão e acerta o político com socos. Ao chegar em casa e questionar a atitude do cônjuge, Graça torna-se seu alvo e vai ao chão com seus golpes.

O primeiro episódio insere o casal em uma violenta espiral, cada vez mais agressiva. A direção utiliza alguns flashbacks para ir e voltar no tempo, viajando entre as datas reais dos acontecimentos e a apreciação do processo de acusação de tentativa de assassinato da mulher por parte do agora ex-marido, possibilitando ao espectador acompanhar como a trajetória do casal evoluiu da hostilidade verbal para verdadeiras demonstrações de agressividade e brutalidade. O calvário de Graça tem fases cada vez mais atormentadoras. Ela sofre para conseguir manter as filhas a salvo da ira do pai, descobre um menino perdido do companheiro, oriundo de um relacionamento anterior dele, e escapa da morte por pouco.

QUARTA-FEIRA, 03 DE JANEIRO
NERVOS DE AÇO (2017) (73’)
- Horário: Quarta, dia 03, às 22h
- Classificação: 12 anos
- Direção: Maurice Capovilla

Sinopse: O ano de 2014 reuniu diversas celebrações em homenagem ao centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues, autor de clássicas marchinhas de carnaval e sambas-canção. O músico e ator Arrigo Barnabé foi um desses artistas e ele continuou o seu tributo também à frente das câmeras. No elenco da coprodução entre o Canal Brasil e a Saturna Produções Artísticas dirigida por Maurice Capovilla ao lado de Ana Paula Lonardi e Pedro Sol, o intérprete estrela uma montagem inspirada nas letras e melodias eternizadas na voz de Lupe.
O diretor mergulha na obra de Lupicínio para transformar seus versos em um roteiro de cinema. Temas como dor de cotovelo, romances conflituosos e relacionamentos complicados, presentes no trabalho do cantor, ganham a tela não apenas nas músicas que ilustram a trilha sonora, mas também no guião dos personagens. A trama gira em torno de um grupo de artistas prestes a estrear um espetáculo musical. Joel (Arrigo Barnabé) é o diretor da apresentação, que conta também com a cantora Maria Rosa (Ana Paula Lonardi) e o violonista Carioca (Pedro Sol). Enquanto se preparam para estrear a peça, os personagens perceberão, muitas vezes, que as letras do homenageado começam a se misturar com suas próprias vidas.

QUINTA-FEIRA, 04 DE JANEIRO
“ORFEU” (1998) (100’)
- Horário: Quinta, dia 04, às 22h
- Classificação: 14 anos
- Direção: Cacá Diegues

Sinopse: Baseado na peça de Vinícius de Morais, o filme conta a história de um jovem líder de Escola de Samba, principal poeta e compositor, Orfeu (Toni Garrido) que se apaixona por Eurídice (Patrícia França), recém-chegada de uma pequena cidade na floresta amazônica. Assim divide sua atenção: entre os quatro dias de carnaval e Eurídice, até que ela é vítima de traficantes de drogas que dominam a área em que mora. O exemplo de Orfeu, de sua arte e de sua paixão, serve de instrumento de vitória na luta de sua comunidade contra a violência cotidiana

SEXTA-FEIRA, 05 DE JANEIRO
“CINEMÃO”: A GRANDE FAMÍLIA – O FILME (2007) (104’)
- Horário: Sexta, dia 05, às 22h
- Classificação: 10 anos
- Direção: Maurício Farias

Sinopse: A Grande Família é um dos maiores sucessos da teledramaturgia nacional. O cotidiano da típica família do subúrbio carioca rendeu 14 anos de histórias bem-humoradas e recordes de audiência, fazendo da atração a série de ficção de maior longevidade da TV brasileira. Em 2007, o programa ganhou as telas do cinema, em adaptação assinada por Maurício Farias e estrelada pelo mesmo elenco do programa.

Na trama, Lineu (Marco Nanini) sente-se mal após acompanhar o enterro de um colega de trabalho. Atordoado com a morte repentina do amigo, ele decide ir ao médico para fazer exames de rotina e, depois de uma tomografia, os especialistas acusam a existência de uma mancha escura em seu peito. Com medo de abrir o laudo do diagnóstico final, ele prefere não tomar conhecimento do resultado do teste clínico e sai do consultório certo de estar vivendo seus últimos dias. O fiscal sanitário decide esconder seu suposto fim iminente de sua esposa, Nenê (Marieta Severo), e desiste de ir ao baile que frequentam há 40 anos, quando começaram a namorar. Sua atitude, no entanto, gera grande insatisfação em seu cônjuge, e ela provoca o marido convidando Carlinhos (Paulo Betti), seu ex-namorado, para ocupar seu lugar na tradicional noite.

SÁBADO, 06 DE JANEIRO
MOSTRA CINE-DELAS: MÃE SÓ HÁ UMA (2016) (90’)
- Horário: Sábado, dia 06, às 22h
- Classificação: 16 anos
- Direção: Anna Muylaert

Sinopse: A cineasta Anna Muylaert inspirou-se livremente no caso real do sequestro de um menino ainda na maternidade para dissertar sobre as agruras da adolescência em coprodução do Canal Brasil com a Dezenove Som e Imagens Produções. Pierre (Naomi Nero) é um adolescente de 16 anos de perfil nada convencional e desobediente às convenções tradicionais de gênero. Ele mora com a mãe, Aracy (Dani Nefussi), e a irmã, Jacqueline (Laís Dias), e demonstra o comportamento rebelde de um jovem aparentemente perdido. Seu cotidiano é radicalmente alterado quando um oficial de justiça bate à porta alegando que sua mãe o raptou da maternidade ainda bebê, e seus pais biológicos o procuram desde então.

A revelação altera radicalmente o dia a dia do jovem, encaminhado por uma assistente social à casa de seus pais biológicos, um casal bem-sucedido formado Matheus (Matheus Nachtergaele) e Glória (também interpretada por Dani Nefussi), onde mora Joca (Daniel Botelho), seu novo irmão. O sonho do reencontro com o filho há décadas distante, afastado por um crime bárbaro, é, ao mesmo tempo, um pesadelo para o adolescente quando a euforia por recuperar o tempo perdido transforma-se em sufocamento emocional. Ansiosos, os pais tentam recomeçar a vida e incluir o menino em um cotidiano já pré-estabelecido, muitas vezes forçando seus próprios costumes e hábitos na rotina dele. A cineasta insere um abismo emocional na diferença entre o que Matheus e Glória esperam de Pierre – agora rebatizado de Felipe – e aquilo que o menino tem a oferecer de fato.

DOMINGO, 07 DE JANEIRO
“CONE SUL”: LAS TONINAS VAN AL ESTE (2016) (83’)
- Horário: Domingo, dia 07, às 22h
- Classificação: 18 anos
- Direção: Verónica Perrotta e Gonzalo Delgado

Sinopse: Virginia (Verónica Perrotta) é uma professora primária de uma escola em Montevidéu. Há anos sem ver o próprio pai, Miguel Ángel (Jorge Denevi), uma celebridade decadente da televisão, ela decide viajar a Punta del Este, onde Miguel vive, para tentar reatar uma relação apartada pela distância e pelo tempo. O reencontro, no entanto, não ocorre como planejado, e sua presença é imediatamente rechaçada pelo idoso. Homossexual assumido, libertino, de figurino extravagante e comportamento ainda mais excêntrico, sempre com uma resposta rápida e ácida engatilhada, “O Gordo”, como é conhecido, estranha a visita da filha. Há, no entanto, uma surpresa lhe esperando com potencial para derreter seu gélido trato com a moça: ele está prestes a se tornar avô pela primeira vez.

A notícia da gravidez de Virginia é o ponto crucial para o desembaraço dos muitos nós da relação. Eles vivem, em um fim de semana, momentos de intimidade, risadas e preocupações, sem nunca, no entanto, tocarem nos alicerces dessa família cuja falsidade parece circular nas veias. A mulher simula uma inexistente normalidade na relação com o pai, como se não houvesse qualquer distância entre eles e a convivência fosse de perfeita harmonia. Ao mesmo tempo, Miguel Ángel duela contra o declínio de sua carreira e finge caminhar pela alta sociedade local.

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