"Havia necessidade de renovação e de posicionamento da TV Escola. Quando assumimos, a produção própria estava próxima de zero e a programação em permanente repetição". É assim que Fernando Veloso, Diretor Geral da TV Escola, justifica as mudanças radicais que a emissora vai apresentar ao longo desse ano. Após pesquisa nacional, a direção concluiu que era necessário reformular a grade do canal, modernizar as chamadas, recriar a logomarca e até investir, pela primeira vez em sua história, em uma campanha publicitária.
As mudanças já começaram em 15 de janeiro e elas se estenderão por todo o ano de 2018. "Até março, 80% da grade já será renovada, incluindo as novas temporadas dos programas "Hora do Enem" e "Salto para o Futuro", com cenários renovados e novos quadros. Temos novos produtos para estrear em todas as faixas e, durante 2018, teremos virado completamente a grade.", anuncia.
Visando entender o que o público alvo – alunos, educadores e pessoas interessadas em aprender – desejavam ver na TV Escola, o canal desenvolveu uma série de pilotos de programas e proposições de novas logomarcas. "A pesquisa, que foi tanto quantitativa quanto qualitativa, foi feita para testar, ouvir e entender o que era necessário apresentar para esse público e como ele, hoje, exerga a TV Escola.", conta Veloso.
A conclusão da pesquisa levou o canal à nova logomarca, chamadas mais modernas e uma grade de programação com divisões claras entre três faixas: Criança, Jovem e Professor / Adulto / Interessados em aprender. Entre as novidades da programação, o "Mostra Geração", já em exibição, é um dos destaques. Trata-se de uma parceria com o Festival do Rio onde são exibidos curtas produzidos por jovens de escolas públicas seguidos de debates que conversam com os temas atuais dessa faixa. Outra novidade é o "Rede Escola", uma revista eletrônica com meia hora de duração que traz para a TV discussões sobre as grandes questões nacionais da educação. Há ainda o interprograma "Professor Presente", que dá voz aos professores brasileiros e suas histórias. Na primeira temporada, foram 14 profissionais entrevistados, que contam as melhores práticas pedagógicas que já desenvolveram, destacando seus objetivos, acertos, desafios, erros e descobertas.
Outro destaque fica por conta da faixa infantil, novidade na TV Escola. "Estamos apresentando uma programação infantil completa, que ocupa todo o horário da manhã. São desenhos e animações que trabalham conteúdos educativos, construção de valores e cidadania. São desenhos nacionais e aquisições de alto padrão, aprovados por uma curadoria pedagógica independente", explica o Diretor Geral. Ele acrescenta ainda que a Faixa Criança é dividida em duas sub-faixas, uma de 3 a 6 anos e outra de 7 a 10 anos. "De 3 a 6 anos são desenhos com experiências comuns às faixas como oralidade, espaço/tempo, a expressão dos afetos, a medição das frustrações, a resoluções de conflitos e a regulação das emoções. Para o grupo de 7 a 10 anos, animações e documentários com conteúdos que estimulam o pensamento criativo, lógico e crítico, e fortalecem a capacidade de fazer perguntas e de argumentar. Não seria exagero afirmar que a TV Escola tem hoje a melhor programação infantil da televisão brasileira.", opina.
Outra conclusão importante obtida por meio da pesquisa foi a convicção do desconhecimento da existência da TV Escola, com baixíssimo recall da imagem da emissora e desconhecimento da sua programação, segundo Veloso. Por isso a decisão de investir, pela primeira vez na história do canal, em uma campanha publicitária. "Detectamos a maior de todas as necessidades: promover nacionalmente a emissora e seu papel como ferramenta da educação brasileira, entendendo educação como conhecimento, informação, construção de valores, cultura, debates, jornalismo e muito mais.", ele justifica.
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