No próximo dia 29 de março, completa um ano da alardeada saída dos canais
abertos que formam a Simba Content, joint-venture formada pela Record
TV, SBT e RedeTV!, das operadoras de televisão por assinatura.
O switch-off durou em torno de seis meses e provocou prejuízos financeiros,
queda de audiência e se tornou um dos maiores fracassos na história dos
negócios da TV brasileira.
A saída das operadoras tinha como intuito pressioná-las para remunerar a Simba
em R$ 15 por cada assinante, e em contrapartida, a nova empresa prometia a
criação de canais exclusivos para inclusão no line-up da TV paga.
Porém, desconfiados (hoje conclui-se que estavam com a razão), os executivos
das operadoras endureceram as negociações. Após meses, SBT, Record TV e
RedeTV! tiveram que se contentar, embora frustradas, com valores abaixo de 1
real, e estancar rapidamente os diversos prejuízos que enfrentaram com a
ausência dos seus sinais fora dos televisores dos assinantes de Net, Claro, Sky,
Vivo e Oi TV.
Outro golpe na joint-venture foi o recente contrato que a Globosat assinou com
a mexicana Televisa adquirindo os direitos de todos episódios de Chaves e
Chapolin para exibição no Multishow e na sua plataforma on demand.
Justamente um dos principais projetos da Simba para a TV paga.
O tempo passou e até hoje a Simba Content não saiu do papel, e portanto, da
intenção. Não existe sede, não possui funcionários, não existe nada. Agoniza.
Mas como esperar investimentos num novo target pela Record TV, SBT e
RedeTV!, justamente num ano que enfrentaram dificuldades no negócio principal.
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